O que cidadão? De que cidadão? Para quê cidadão?

Como entender um país tão complexo?
Tão desigual, cruel e mortal.
Um país que leva tiros quer uma política honesta
só não sabe como lhes dá.
Como entender um país sem memória?
Que chora o agora que oriunda da esmola
Um país que retorna como num passado “imptimado”
Que leva chumbo adoidado
Que joga o dinheiro no buraco onde passem os ratos
Como enfrentar um país desgraçado?
Que passa fome, que furta leite
Que joga bola e não escova os dentes
Que mal sabe sua identidade étnica, cultural e animal.
Como conviver olhando para esse país desgostoso?
Com a ótica de um velho que passou seus anos
assistindo as mesmas coisas, as mesmas criaturas nesta estrada dura
Esse velho encontra-se na fadiga de uma vida, vivida.
Como parar de tentar achar o “como”?
Se não se tem interrese de querer o resultado do “como”
Não de nós que ainda temos alguma esperança.
Pergunta-se sobre a situação
Não se sabe, se é a um quarteirão dessa busca inusitada
da mutação de mãos atadas caminha-se na escuridão
Eis aqui uma grave contradição de querer ser um cidadão
E duvidar de seu poder, sua aptidão.
Numa rua sem saída leva-se a vida na esperança do que vem então.
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